A partir de setembro, a bandeira tarifária vermelha patamar 1 está em vigor, impactando as contas de energia dos brasileiros. Com essa mudança, haverá um acréscimo de R$ 4,463 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Como uma família brasileira consome, em média, 179,2 kWh por mês, o aumento esperado na conta de luz será de R$ 7,99, caso o consumo permaneça o mesmo.
Virgínia Parente, especialista em Energia e professora da USP, destaca que as famílias costumam ajustar seu comportamento em resposta ao aumento das tarifas, reduzindo o uso de chuveiros elétricos e ar-condicionado para controlar o impacto no orçamento. Isso é especialmente relevante durante a seca, que diminui a geração de energia hidrelétrica e aumenta a necessidade de acionamento das termelétricas, que têm custos mais altos.
A bandeira vermelha foi acionada devido à expectativa de menor oferta de energia hidrelétrica causada pela estiagem prolongada. Inicialmente, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) chegou a anunciar o patamar 2 da bandeira vermelha, com um acréscimo ainda maior de R$ 7,877 por 100 kWh, mas após revisão, optou pelo patamar 1.
Além de afetar as contas domésticas, o aumento da tarifa pode ter reflexos em outros setores, como indústria e comércio, elevando o custo de diversos produtos. Virginia também ressalta a importância de um consumo consciente de energia, independentemente das bandeiras tarifárias, para minimizar os impactos no meio ambiente e na economia.
Referência: Site Terra